25 de set. de 2013

Incubação.

Oi!!!

   De tempos em tempos as pessoas precisam de um tempo de incubação. Algumas pessoas chamam de férias, outras de retiros espirituais, outros de ficar sozinho mesmo. Mas as pessoas cada vez menos conseguem fazer isso. Antes as pessoas programavam tantas coisas para fazer no período em que não estavam fazendo aquilo que faziam em seu cotidiano, que quando percebiam, já tinham que voltar a fazer novamente. E hoje com a tecnologia, as pessoas não conseguem se desligar efetivamente da vida cotidiana. E aquele momento em que deveria ser só seu, está literalmente compartilhado.

   Quem trabalha no mundo acadêmico tem um período que chamam de sabático; ou seja, umas férias estendidas onde deixam para trás seu mundo de pesquisa e vão fazer outras coisas, geralmente isso dura seis meses. Isso é importante não só para descansar, mas também para terem um afastamento daquilo em que estão imersos por tanto tempo. Além de refrescar as ideias, ganham novos ares para retornar mais arejado.


Arte: Cathy Rose




   Vale a pena refletir sobre isso, e se puder refletir de forma mais intensa, melhor ainda. Incube-se, quem sabe se o futuro não lhe reserva asas.

Sidnei akiyoshi.

20 de set. de 2013

Fugaz.

Oi!!!

   Tá eu sei, dia 15 eu não postei nada. Sorry. :).

   Hoje vou falar sobre fugacidades. Para quem não sabe fugaz é aquilo que é efêmero. Tá ficou mais difícil. É aquilo que passa muito rápido. Ontem eu assisti na TV ao show do Metallica, foi muito bom. Mas me lembrou que eu fui a um show deles a quase vinte anos atrás. Eu até conseguia sentir o cheiro de suor com cerveja que é característico de shows. Me dei conta que se passou muito tempo. E passou muito rápido.

   Apesar dessa constatação da velocidade, não acho que foi vazio, pelo contrário, acredito que fiz tudo o que gostaria de ter feito; fui aos shows que gostaria de ter visto, morei em locais que gostaria de ter morado, visitei locais que queria ter visitado, comi coisas que gostaria de ter comido e amei pessoas que gostaria de ter amado. Talvez pela quantidade de coisas feitas o tempo tenha corrido como correu.

   Então quando olho para as inúmeras possibilidades de escolhas que as pessoas tem hoje (acreditem, antes era bem reduzidas: eu tinha um Atari, hoje existem vários consoles), fica a sensação de que as escolhas tem que ser muito mais cuidadosas. Qual banda escolher assistir quando elas tocam no mesmo momento? Eu acredito que seja qual for, tem que ser aproveitada com deleite. Assim como quando você colhe uma flor, ela começa a morrer naquele instante, então é necessário aproveitar sua cor, sua fragrância, seu toque, pois sua vida é fugaz. A sua também. E isso vale para tudo na vida, os amores, os amigos, as viagens, as comidas, as músicas... e daqui vinte anos você vai olhar e sorrir daquela escolha; a outra poderia até ter sido melhor, mas ela não fez parte da sua vida, e essa sim.






Sidnei Akiyoshi.


10 de set. de 2013

Santa Vilania, Batman!!!

Oi!!!

   Não podia deixar de ser diferente, hoje abre a exposição fotográfica "Santa Vilania" de Gerson Roldo. Personalidades da noite de Porto Alegre retratados na pele dos mais diversos vilões. Da mitologia grega, dos quadrinhos, das histórias infantis e do cinema, a maldade em pessoa estará nas paredes do Venezianos Pub Café. Talvez o trabalho mais bonito e mais maduro desse fotógrafo que a mais de 10 anos trabalha com fotografia. Ansioso para ver, pois uma das características de suas exposições é mostrar o resultado final apenas no dia da abertura, e mesmo eu, que moro com ele e sou um dos vilões (a bruxa má do leste de O Mágico de Oz), ainda não me vi. Então não vou me alongar muito, segue o convite e que venham as maldades que essa noite promete.



Sidnei Akiyoshi

5 de set. de 2013

Terremoto à vista.

Oi!!!

   Eu já vivi um terremoto. Quando fui morar no Japão, logo após o terremoto de Kobe, acabei indo morar numa província vizinha, Osaka. E sempre depois de um grande terremoto alguns pequenos vão ocorrendo nos meses subsequentes. Eu estava num prédio no sexto andar quando tudo começou a tremer. Foi rápido, mas deu para assustar. Eu fui visitar Kobe e ver o estrago. Impressionante a quantidade de prédios que vieram abaixo. Mas uma coisa me impressionou, os Pagodes centenários continuavam ali, firmes e fortes.

   Para quem não sabe, pagodes são os templos budistas com mais de quatro andares. Pois em geral num centro budista há um grande templo central com pé direito bem alto e ao lado, ou em frente, um pagode. E são construções centenárias, todas feitas em madeira. E como que eles ainda continuam de pé num país onde tem terremoto a toda hora?



   O segredo dos pagodes está na filosofia de vida: Quando um força estrema te atingir, aja com delicadeza. Essas filosofias são retiradas da natureza, olhando o bambu sendo rechaçado pelo vento, o sábio percebe que ele não faz resistência e se curva. Mais ou menos assim funcionam os pagodes; no centro há um enorme pilar de madeira que une toda a estrutura do templo, mas não encosta no chão, ou seja, está flutuando. Quando o terremoto atinge o prédio ele se sacode todo e transfere a energia para o resto da estrutura. O pilar central "dança" ao ritmo do terremoto sem oferecer resistência e a energia do tremor é dividida para o resto da estrutura sem causar grandes danos.

   A vida cotidiana é muito baseada em concretos, precisamos de mais bambus.

Sidnei Akiyoshi

1 de set. de 2013

Melancolia.

Oi!!!

   O que é importante na vida para você?

   Do que você tem medo?

   É feliz de verdade?

   Quantas mentiras confortantes você acredita?

   Melancolia de Lars Von Trier fala disso. Assista. E acredite, não te fará feliz.


Sidnei Akiyoshi