25 de ago. de 2013

Para sempre...

Oi!!!

   Até o fim de suas vidas... Quando eu fotografava casamentos e escutava essa frase na igreja (era outra antes - até que a morte os separe - mas mudou pois mesmo que a pessoa amada morra, tem que continuar amando a mesma), eu ficava pensando nessas decisões que são para sempre. Hoje na velocidade do mundo contemporâneo é quase um acinte falar até o fim de suas vidas (a Gretchen que o diga, rs). Mas vale para tudo, tudo mesmo. Quantos já não deixaram alguém que jurava ser amor infinito? Quantos não mudaram de área de trabalho? E assim por diante.

   Pois essa questão de ter que tomar uma decisão que você terá que levar para o resto da vida é muito difícil, por isso muitos, melhor, a maioria vai levando a vida sem refletir sobre isso. É como aquela pergunta sobre o que você levaria para uma ilha deserta, pois estamos acostumados a ter um pouquinho de tudo. Mas levantei essa questão pois estou a quase quatro décadas pensando em qual tatuagem fazer. Acredito que só agora consegui definir o que quero, mas ainda com muitas ressalvas. E já que tenho que juntar o dinheiro para a tatoo, aproveito para ir revendo o conceito e o desenho que está esboçado. Afinal é algo que vou carregar até o fim da vida.

Não é esse desenho, mas é uma bela referência.


   Mas confesso que por trás disso está o medo do para sempre. Acho que sou assim desde o primeiro emprego que recusei quando o cara que me entrevistou disse: "Vou me aposentar em cinco anos e queria alguém para me substituir". Passei na entrevista mas nunca mais voltei. Mas acho que hoje, como o até o fim da vida está bem mais perto (acho que já passei da metade), sinto que posso ter escolhas que sejam para sempre, mesmo que logo ali na frente acabe, mas a ideia não me assusta mais como antes. Inclusive começo a achar até atraente. Talvez pela idade. Talvez por já ter experimentado muita coisa. Talvez por ser menos exigente, ou ,melhor, ser mais simples.

   E você? Já pensou no para sempre?

Sidnei Akiyoshi

20 de ago. de 2013

Work Hard ≠ Work a Lot

Oi!!!

   Na última postagem coloquei uma lista de atitudes que resume muito livro de autoajuda. Dentre elas estava "Work Hard" (trabalhe duro). E em tempos de tecnologia 3.0 é necessário se pensar as formas de trabalho. Desde que o filósofo italiano Domenico de Masi falou sobre o ócio criativo e que a tecnologia trará mais produtividade seguida de menos horas de trabalho, o que vemos por aí é gente trabalhando cada vez mais; ao meu ver pelos motivos errados, como já citei em outros posts aqui no blog. Temos inclusive essa máxima de que devemos trabalhar oito horas por dia. Isso foi criado no começo do século XX e implementada por Ford, pois deveríamos dividir a vida em três turnos: 1/3 de trabalho, 1/3 de descanso e 1/3 de diversão. E isso nunca mais foi questionado.

   Então quando digo trabalhe duro, não significa que você tenha que se matar trabalhando, mas sim que trabalhe com mais eficiência. Quantas vezes você não ficou em seu local de trabalho enrolando para parecer que estava trabalhando pelas oito horas que você era obrigado a cumprir quando você conseguiria terminar esse mesmo trabalho em quatro horas? Hoje, mais do que nunca, a produção é mais importante que o tempo trabalhado; pois existem equipamentos, tecnologias e técnicas que permitem ser mais eficiente com menos tempo trabalhado. Isso é fato e em quase todas as áreas, podemos trabalhar assim. Então veja o que você está fazendo e pense em produtividade e não em tempo trabalhado.

   Mas isso tem um contraponto perigoso. As empresas querendo sempre lucrar mais vão sempre aumentar sua meta, então se você produzia X e passou a produzir 2X, logo mais vão querer que você produza 3X. Então fique sempre de olho, se você aumentou a produtividade em 3, você tem que ser recompensado na mesma proporção.

João de barro trabalhando duro.


   Mas o foco desta postagem é outro, é trabalhar de forma mais eficiente para trabalhar menos. Para daí você ter tempo para outras coisa importantes na vida que estavam relacionadas na lista da postagem passada: se exercitar mais, ler mais, ser voluntario, relaxar, amar, enfim, viver.

Sidnei Akiyoshi

15 de ago. de 2013

Autoajuda.

Oi!!!

   Você tem algum problema em sua vida? A resposta é sim? Eu tenho a solução!!!

   Autoajuda. Sempre está entre os livros mais vendidos em qualquer livraria. Será que as pessoas estão com tantos problemas assim? Eu diria que as pessoas tem UM grande problema, é achar que tem muitos problemas. Mas aí eu me questiono o por que de tantos terem tantos problemas? Mas vamos separar algumas coisas. Alguém pode ter uma doença grave, um câncer por exemplo. Ela tem um problema bem específico que requer ações bem específicas que podem ter os seus percalços, como a demora no atendimento público, por exemplo. Mas em geral, as pessoas procuram livros de autoajuda por outros motivos; como ganhar mais dinheiro, como ser mais magra, como ser mais bonita, como ser mais eficiente e por aí vai. E na minha opinião, a maioria das pessoas não precisa disso tudo. Elas desejam, mas não necessariamente precisam.

   Nesse ponto eu coloco uma fala do Michel Foucault em Vigiar e punir: "As instituições organizam-se de forma a reproduzir a submissão e produzir os corpos dóceis que culmina na subordinação social, na dominação, na alienação e aceitação." Vou dar um exemplo: o slogan da Coca-cola é "Viva o lado Coca-cola da vida" e antes, "Abra felicidade". Apesar você gastar dinheiro com algo que vai te deixar mais gorda, mais feia e menos eficiente (dentro de padrões sociais impostos) você ainda acredita na felicidade que aquilo te promete. Ou seja você é um corpo dócil que aceita e reproduz essa ideia; e o pior, julga quem não faz isso. E isso vale para qualquer coisa, desde trabalhar muito mais do que você realmente precisa a fazer uma lipoaspiração, passando por comprar o último lançamento de celular. Você se subordina, aliena e aceita.

   Ninguém precisa deixar de beber coca, ou de trabalhar muito, ou comprar qualquer coisa tecnológica, mas precisa saber o que quer na vida e principalmente ter controle sobre ela. Não é porque todo mundo faz algo que você também tenha que fazer. Pois esse desejo por algo que você não precisa é o que causa a infelicidade, que te leva a comprar aquele livro de autoajuda, que supostamente te ajudará a conseguir.

   Tenho aqui algumas dicas de autoajuda para você viver melhor: SEJA VOCÊ.


Sidnei Akiyoshi.

10 de ago. de 2013

Delicadeza.

Oi!!!

   Delicadeza é algo em extinção atualmente. Pois delicadeza é contraponto de eficácia. Pois para se fazer algo delicado precisa de cuidado, paciência e tempo, e isso tudo geralmente não vem ligado à eficácia. Geralmente, claro. Por isso, sempre gostei da forma como japoneses lidam com a vida, da culinária ao convívio, tudo com muita delicadeza, as vezes até em excesso. Mas nos detalhes se mostra o cuidado que se tem com o próximo, coisa que as vezes muitas pessoas esquecem, sim as pessoas esquecem que interagem com outras pessoas e agem egoisticamente de forma grosseira.
   E essa grosseria se espalha como vírus sem que as pessoas se quer  se deem conta que estão sendo, achando aquele gesto, normal. Podemos partir do básico obrigado e por favor, mas vai muito além quando interesses estão em pauta, como o "espaço" do seu carro no transito ou "jeitinhos" em serviços públicos naturalmente burocráticos.
   A culinária é um bom lugar para se praticar isso, pois é um tempo seu que você dedica a alimentar outras pessoas. É claro que não precisa fazer pratos elaborados como um chef, mas alguns cuidados e principalmente, algumas escolhas fazem daquela sua refeição algo delicado mostrando que você se importa com quem está convivendo. Tente, nem dói tanto assim.


  E obrigado pela delicadeza de ler esse post.

Sidnei Akiyoshi

6 de ago. de 2013

Espaço vácuo.

Oi!!!

   As vezes por por um bom tempo na vida fazemos determinada atividade, algo que está no cotidiano que nem percebemos mais que estamos fazendo, fazemos porque tem que fazer, fazemos no automático. Não falo das coisas básicas, como escovar os dentes ou tomar café da manhã. Falo de algo que de certa forma há uma interação com outra pessoa, pois a interação pode ser apenas sua, ou apenas visual, ou uma quase não interação, mas está ali constantemente na sua vida. Como uma casa antiga que está no seu percurso diário ou um senhor que sempre está sentado no mesmo banco de uma praça.
   Um dia, do nada, essa interação acaba.



   Sabe aquela sensação de vazio. Um vazio estranho, pois aquilo que estava tão arraigado em sua vida foi-se. E sempre que isso acontece vêm aqueles pensamentos se estamos dando valor aquilo que realmente importa na vida. Pois tudo é tão fugaz que quando se vê, acabou. Nossa contemporaneidade é repleta disso, como numa viagem de trem, onde aquilo que está longe passa devagar, mas aquilo que está bem próximo, quase nem vemos.
   Em geral, temos um período de luto por aquilo que deixou de existir, mas depois passa e procuramos ocupar aquele vazio com outra coisa. Pois o vazio, nessa nossa estranha contemporaneidade, incomoda.

Sidnei Akiyoshi

2 de ago. de 2013

Um "Q" a mais.

Oi!!!

   Hoje peguei a ideia do post (que tá atrasado) da minha querida amiga Joss Cunha. Ela disse: "Tem dias que nada de especial acontece, mas parece que acordamos com um "Q" a mais, com uma empolgação vinda de algum lugar não específico, que nos faz cantarolar sem perceber...". Isso geralmente eu também tenho. Aliás essa semana teve uma conjunção astrológica rara que ativa a sensibilidade daqueles que trabalham com arte e misticismo, juro que senti isso a semana toda. Mas o meu questionamento aqui não é nem essa empolgação, mas o que seria esse "Q" a mais?



   Não achei nada muito explicativo, pensei nos cromossomos e até uma explicação literária. Mas achei algo que talvez, não explique, mas justifique, alguém ter um "Q" a mais. No início do século vinte as forças armadas da Inglaterra criaram o Código Q, diz o google: "O Código Q é adotado internacionalmente por Forças Armadas e trata-se de uma coleção padronizada de três letras, todas começando com a letra "Q", inicialmente desenvolvida para comunicação radiotelegráfica comercial, e posteriormente adotada por outros serviços de rádios, especialmente o radioamadorismo.". Achei isso incrível, pois independente da língua que você fale, se você tiver o conhecimento do Código Q, pode trocar informações, pertinentes ao trabalho das forças armadas, claro, com qualquer outro conhecedor dessa linguagem usando apenas 3 letras. Um exemplo: QRD: Aonde vai e de onde vem? E a resposta pode ser: Brasil - Pasárgada.

   Então se você tem esse "Q" a mais pode se comunicar muito mais.

   E você, QAP?

Sidnei Akiyoshi