30 de abr. de 2013

Cé-re-bro...

Oi!!!

   As vezes eu tenho a sensação de estar perdido na vida. Sabe quando você para e olha para o lado e vê todo mundo caminhando no automático? Não importa fazendo o que: trabalho, estudos, família, diversão; há aquela sensação de que fazem porquê tem de fazer, como se não tivessem escolha. Uma anestesia geral.Eu tenho isso com uma certa frequência e os disparadores são bem diversos, mas praticamente todos são relacionados à arte. Seja um quadro, um livro ou um filme. Na maioria das vezes falta um interlocutor para partilhar isso e você fica assim, com cara de bobo, rodeado de mortos vivos.


20 de abr. de 2013

An empty cup of coffee.

Oi!!!

   Estava sentado em frente ao computador olhando imagens a esmo. Não que houvesse real interesse, apenas tentava prender algo com qualquer outro algo. Aquilo já perdurava mais que um pacote de bolachas e um resto de café frio. O telefone cumpre sua função de despertar, já são horas de levantar, fazer um café, sair. Continuo olhando imagens, pulando de página em página. Numa distração ou erro, fecho o nevegador. Enfim, resolvo levantar, fazer um café, sair. Faço o café. Sento em frente ao computador para ver imagens a esmo.


Sidnei Akiyoshi

15 de abr. de 2013

Aquarelência

Oi!!!

   Hoje olhando essa aquarela de Stan Miller decidi falar um pouco sobre paciência.
   Quem nunca trabalhou com aquarela não tem noção de como é difícil. Sempre digo a meus alunos que aquarela é a última técnica que eles devem aprender, a pintura a óleo é a primeira, pois permite que você erre a vontade. A aquarela não. Pintar uma aquarela requer em primeiro lugar um bom material: bons pincéis (um bom custa aproximadamente 150 reais), bons pigmentos (os em barra são os melhores) e principalmente bons suportes, ou seja, papéis de qualidade. É claro que você pode treinar com algo mais barato, mas a diferença de resultado é gritante. Depois, muita paciência. O princípio da aquarela é saber o que não pintar, pois são as áreas que ficarão em branco. Então você tem que treinar a pincelada exaustivamente, pois depois de feito não pode ser corrigido. As sobreposições tem que ser perfeitas para propiciar os escuros necessários. É quase um trabalho de vidente, pois se trabalha com água pigmentada sobre um superfície que vai sugar essa água, é você a mercê do destino, mas que você aprende com o tempo a saber os caminhos que ela percorre. Aí então, quando você controlar o futuro, saberá pintar uma aquarela.



   E a vida o que tem a ver com isso? Não há mais tempo para aquarela. Não há mais tempo para a paciência. Não há mais tempo. Tudo é muito fugaz. Tudo é muito imediato. Não há espaço nem para a pintura a óleo. Vivemos num tempo de Assemblage*, onde só o pronto é rápido é o suficiente.

Sidnei Akiyoshi

*Assemblage: O termo assemblage é incorporado às artes em 1953, cunhado pelo pintor e gravador francês Jean Dubuffet (1901-1985) para fazer referência a trabalhos que, segundo ele, "vão além das colagens". O princípio que orienta a feitura de assemblages é a "estética da acumulação": todo e qualquer tipo de material pode ser incorporado à obra de arte. (Enciclopédia Itaú Cultural).


10 de abr. de 2013

50 coisas

Oi!!!

   Esses dias assisti a um programa de TV sobre organização da casa. Era um quartinho atulhado de coisas, principalmente sapatos. Mais da metade das coisas foram doadas ou jagadas fora.
   Isso é reflexo de nosso Neo-liberalismo implantando pela recem falecida Margaret Thatcher, onde todos devem comprar mais e mais para a economia girar. Pois quanto mais se compra, mais se produz, quanto mais se produz, mais barato fica, quanto mais barato mais se compra. Mas isso é pernicioso, pois não precisamos de tantas coisas. Com a tecnologia fica muito pior, a cada ano se faz necessário trocar tudo. Então quero que reflitam um pouco comigo:

SE PUDESSE TER APENAS 50 COISAS, O QUE VOCÊ TERIA?

Sidnei Akiyoshi