31 de mar. de 2013

NAAN

Oi!!!

   Hoje estava numa situação extrema. Literalmente havia apenas farinha no armário. O que fazer? Lembrei daqueles pães chatos feitos sobre pedra que tanto os índios como os árabes fazem. É bem simples: 3 xícaras de farinha, 2 colheres de azeite, 1 colher pequena de sal, uma de açúcar, 1 xícara de leite ou água e um condimento seco, no caso utilizei orégano. Mistura tudo, abre um disco e assa ou frita sem óleo, sobre a frigideira mesmo, já que não tenho aquela fogueira com uma pedra em cima. E pronto, fica bom e sobrevivi mais um dia.


   Mas o que isso tem a ver com o blogue? Enquanto fazia fiquei pensando sobre o comodismo de termos pão de forma pronto em pacotes. Não que isso seja ruim, mas que vivemos numa sociedade do pronto do imediato. Sem termos que criar nada, uma vida sem situações extremas. Afinal quem quer ir plantar trigo, colher, moer e fazer seu próprio pão? Marcia Tiburi disse que sem dor não há arte. Então estamos fadados a reproduções de Romero Brito. Quadros de felicidades enlatadas e coloridas. Naan, naan, naan...

Sidnei Akiyoshi

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