10 de jun. de 2013

Que pobreza!

Oi!!!

   Hoje eu gostaria de falar um pouco sobre ser pobre, pobre no sentido mais literal da palavra, aquele que não tem dinheiro. Sim, eu sou pobre. Como sei isso? Não tenho casa própria, não tenho carro, não tenho moto, nem sequer uma bicicleta (só dividas). Não tenho um trabalho de carteira assinada (terei um, mas estou ressabiado disso, afinal será como professor do estado....uuuuuu), ou seja, não tenho salário, nem vale comida, nem vale transporte, nem plano de saúde, não tenho nada. Estão se perguntando: "mas como ele vive?". Também me pergunto isso. Mas eventualmente até vendo um trabalho meu, pra quem não sabe sou artista plástico, mas isso não é muita coisa, não mesmo. Acho que posso até me candidatar ao Bolsa Família, não tinha pensado nisso....
   É ruim? Sim, é ruim. Tem dia que preciso contar moedas para comprar pão. Nunca fui ambicioso, nunca quis ser engenheiro, advogado, médico, essa profissões com bons salários. Sempre me vi fazendo algo mais prazeroso, não necessariamente menos trabalhoso, mas com certeza menos rentável. Gosto da ideia do Domani, que diz que deveríamos trabalhar 20 horas por semana para no resto do tempo fazermos o que realmente é importante na vida (cada um deve saber aquilo que é importante para si).

 "Índia Tapuia" - Albert Eckhout

   Mas hoje queria refletir um pouco sobre essa extrema pobreza. Pois a pobreza em si não é tão ruim, mas em situação extrema, é nociva; para o dia-a-dia, para a mente, para o social, para a vida. Hoje penso sobre o que escreveu Hobbes, que o homem é o lobo do homem, ou seja, que se não for saciada as necessidades mais básicas, o animal prevalece. E mesmo meu animal irracional é pobre, me penso muito mais como uma hiena roubando carniça, do que um lobo destroçando uma ovelha.
   Bem, mas agora vou pintar um pouco, afinal sempre há a esperança de vender um quadro...e ficar menos pobre.

Sidnei Akiyoshi

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