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3 de fev. de 2014

Você é real?

Oi!!!

   Eu nem gosto de TV, muito menos de novela. Mas já gostei bastante, tanto de TV, quanto de novela. Eventualmente ainda assisto algumas coisas, mas basicamente documentários que falam da realidade e de filmes que falam de ficção. E tem um slogan sobre um festival de curtas que gosto muito: "Quando a realidade parece ficção, é hora de fazer documentários".



   Então eu te pergunto: Você se sente real? Real em todos os sentidos. Você tem uma vida ou faz o que é preciso fazer? Você realmente se importa com o próximo, ou só quando o próximo é igual a você. Pois ultimamente acho que estou dentro de uma ficção, daquelas bem baratas, com barbante segurando disco voador. Sabe, de mendigo que pede esmola em inglês a político que apresenta projetos de leis indignas. Tudo é muito ficcional para minha cabeça.

   É bem compreensivo a crise na arte. Pois se no século XX a arte chocava as pessoas mostrando a vida, hoje nada mais choca. Nada mais cria a catarse aristotélica necessária para a ruptura de paradigmas. Um homem degolar uma mulher numa discussão num bar gera  a mesma discussão que um pênalti. Entre tantas outras coisas que poderia citar aqui.

   A maioria das pessoas se prende em suas rotinas diárias e se escondem atrás de ficções, mas eu reitero a pergunta: você não acha que o nosso entorno está muito ficcional?

   Sidnei Akiyoshi

  

16 de jul. de 2013

Onde quer chegar?

Oi!!!



Alice: Você poderia me dizer, por favor, qual o caminho para sair daqui?
Gato que sorri: Depende muito de onde você quer chegar
Alice: Não me importa muito onde...
Gato que Sorri: Nesse caso não faz diferença por qual caminho você vá
Alice: desde que eu chegue a algum lugar
Gato que Sorri: Oh, esteja certa de que isso ocorrerá, desde que você caminhe o bastante.”
   Eu acho que o mal da maioria das pessoas é não saber onde quer chegar. Eu sempre me questiono onde estarei daqui a um, cinco e dez anos. Faço isso desde os 20 anos e quase sempre cheguei onde queria. Sei que isso é difícil de fazer, mas em geral, as pessoas nem tentam. Isso serve, primeiramente, para a vida pessoal. Pode começar separando: trabalho, estudos, diversão, viagens, coisas, amores; tá, esse último confesso que é bem mais complicado, mas pode começar pensando, não no que você quer n@ outr@, mas no que abrirá mão pel@ outr@.

   Mas depois pode expandir isso para o coletivo. Onde você quer que as suas coletividades estejam daqui a um, cinco e dez anos. Desde a sua família até o seu país. Falo isso por uma pequena reflexão sobre as manifestações, e mais precisamente, pelos cartazes. Em geral as pessoas sabem o que não querem, mas não tem muita ideia do que querem. Mas é bom lembrar que querer é um sentimento de volição, de desejo; você pode querer o impossível, é plausível, pois é um desejo. Mas em geral o querer vem junto com o merecer, e mais em geral ainda não merecemos o que queremos; pois merecimento requer empenho, trabalho, e na maioria das vezes isso não é feito. É como ganhar a sobremesa SE comer o brócolis, como viajar para Paris SE economizar dinheiro, como ter um país melhor SE se engajar eticamente em política; e tudo isso requer empenho: comer aquela coisa verde, não gastar com supérfluos, dedicar uma parte do seu tempo.

   Eu sei que os meus próximos dez anos vão ser dedicados ao trabalho e consequentemente aquisição de bens e economia. Como isso se dará, está se encaminhando, pois os caminhos só são decididos depois do destino.

Sidnei Akiyoshi

5 de mai. de 2013

Aceite! A culpa é sua.

Oi!!!

   Hoje eu vou relembrar minha terapia. Sim terapia é algo que ajuda e muito em nossas vidas, recomendo. Eu fiz uma chamada filosofia clínica, que consiste em você contar sua história repetidas vezes e com isso o terapeuta vai mostrando onde você funciona e onde não. Um dos pontos que julgo fundamentais foi a descoberta da culpa, ou responsabilidade, ou simplesmente admitir que estava errado. Somos criados com uma espécie de terceirização da culpa. Vamos exemplificar: chegar atrasado a um encontro, qualquer um. Geralmente chegamos com frases do tipo: estava um trânsito; o despertador não tocou; foi difícil achar uma vaga para estacionar; choveu; e assim por diante. Em geral não assumimos a culpa, terceirizamos (seriam tempos de neoliberalismo?). Comecei a prestar mais atenção onde terceirizava minhas culpas e comecei a assumi-las, talvez o atraso seja a mais comum delas mas também a mais desagradável, pois envolve terceiros. E aquela desculpa de ter atrasado só dez minutos é falsa, pois a pessoa chegou dez minutos antes, portanto já está te esperando a vinte. E desculpas funciona quando acontece uma ou outra vez, mais que isso é desrespeito. Portanto tem que focar em aceitar seu erro e localizar o que você faz que gera ele. No caso do atraso é razoavelmente simples, sair mais cedo já resolve mais da metade dos atrasos. E isso vale para todo a vida, de ganhar uns quilos a mais à corrupção no país. Sim, é tudo culpa minha.

Sidnei Akiyoshi


30 de abr. de 2013

Cé-re-bro...

Oi!!!

   As vezes eu tenho a sensação de estar perdido na vida. Sabe quando você para e olha para o lado e vê todo mundo caminhando no automático? Não importa fazendo o que: trabalho, estudos, família, diversão; há aquela sensação de que fazem porquê tem de fazer, como se não tivessem escolha. Uma anestesia geral.Eu tenho isso com uma certa frequência e os disparadores são bem diversos, mas praticamente todos são relacionados à arte. Seja um quadro, um livro ou um filme. Na maioria das vezes falta um interlocutor para partilhar isso e você fica assim, com cara de bobo, rodeado de mortos vivos.


10 de abr. de 2013

50 coisas

Oi!!!

   Esses dias assisti a um programa de TV sobre organização da casa. Era um quartinho atulhado de coisas, principalmente sapatos. Mais da metade das coisas foram doadas ou jagadas fora.
   Isso é reflexo de nosso Neo-liberalismo implantando pela recem falecida Margaret Thatcher, onde todos devem comprar mais e mais para a economia girar. Pois quanto mais se compra, mais se produz, quanto mais se produz, mais barato fica, quanto mais barato mais se compra. Mas isso é pernicioso, pois não precisamos de tantas coisas. Com a tecnologia fica muito pior, a cada ano se faz necessário trocar tudo. Então quero que reflitam um pouco comigo:

SE PUDESSE TER APENAS 50 COISAS, O QUE VOCÊ TERIA?

Sidnei Akiyoshi


10 de mar. de 2013

Política: manual teórico.

Oi!!!

   Esse fim de semana ocorreu a manifestação de repúdio contra a nomeação do Pastor Marco Feliciano no congresso nacional. Ela teve início na internet no facebook fazendo o chamamento para a manifestação de corpo presente nas ruas. A manifestação foi feita. Não tinha tanta gente como se esperava, mas o recado foi passado. Foi?
   Então... a política é mais complicada do que isso. É claro que manifestações indicam as intenções do povo, mas estão longe de fazerem mudanças significativas no processo político. Pois fazer política cansa, é chato e nem sempre se consegue o que se desejava, pois é um jogo de trocas. Sim, para se conseguir algo é necessário ceder, e nem sempre o que está em jogo é o mais correto, o mais justo ou aquilo que você acredita. Isso é política.
   Dentro da política as comisões tem papel importante, pois são nelas que os temas pertinentes à sociedade são discutidos e os textos redigidos, para só então serem enviados para votação na câmara com seu devido parecer, ou seja já chega bem mastigado. Por isso são tão disputadas.
   Tá, e o que tudo isso tem a ver com a sociedade contemporânea? Simples, fazer política é desgastante. Ficar de fora falando que quem tá dentro não faz direito é muito cômodo, Difícil é enfrentar os dinossauros da política lá dentro, e o pior, dentro do jogo deles, que não é nada limpo. Só quando entrarmos no sistema e lá mudarmos é que a política será feita com mais honestidade, enquanto não for feito isso continuaremos gastando muita sola de sapato em manifestações infinitas.
   Mas fazer isso da muito trabalho. Verdade. A sociedade atual não quer esse tipo de trabalho. Verdade. Qual o próximo post mesmo...