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8 de fev. de 2015

+ POLÍTICA

Oi!!!

   Confesso que me cansa discutir política com a maioria das pessoas. Pois além do unilateralismo pífio (pois isso não existe nas ideologias dos políticos brasileiros) há a discussão rasa de culpabilidade e responsabilidade. As pessoas querem mudar, mas não sabem o que. A maioria desconhece o sistema atual e menos ainda suas vicissitudes.



   Primeiro passo será a Reforma Política. Mas que reforma? Pois não basta mudar a forma como se elegem, mas a ideia do que é SER e FAZER política. Talvez o primeiro passo seja eliminar os resquícios do Coronelismo. Que temos como exemplo claro José Sarney. Ou seja, aquele que controla no âmbito municipal, estadual e tem forte influência no federal; e se perpetuam por toda uma vida na política e depois deixam suas crias continuarem. Isso pode ser amenizado colocando teto na atuação em cargos eletivos (teto de dois mandatos por exemplo, que juntando municipal+estadual+federal já são 24 anos).

   Outra mudança é o tipo de voto. O proporcional tem suas vantagens mas gera casos como a eleição em cadeia, como o caso do Enéias, que levou consigo para a Câmara mais 4 candidatos com votação inexpressiva. Talvez o voto Distrital ou Distrital Misto seja o mais apropriado. Pois garante que todo distrito tenha representantes proporcional ao seu tamanho. Por exemplo, se um Estado tem 10 cadeiras e seu estado tem 4 distritos, sendo a região metropolitana com 40% dos eleitores e os outros 3 com 20% cada, teríamos 4 candidatos eleitos na região metropolitana e 2 em cada um dos outros distritos. Além de revisar a quantidade de candidatos que cada partido possa colocar, além do coeficiente eleitoral, entre outros detalhes. E o que acho mais pertinente; o voto deveria deixar de ser obrigatório.

   E talvez o mais importante. O fim do financiamento privado às candidaturas. Que é o que mais gera corrupção. Isso em todas as esferas e partidos. Pois só com o financiamento público fica mais fácil fiscalizar, pois tendo X de dinheiro não pode contratar marqueteiros, fazer grandes produções, comprar meia página de jornal. É o candidato em cima do carro de som ou em frente a uma câmera falando de suas propostas e ponto.

   E para finalizar essa pequena introdução, pois nada é tão simples quanto parece, a diminuição da quantidade de cargos no legislativo. Já que a quantidade de leis que chegam para votação entre as apresentadas para apreciação não chegam a 2%. Ou seja, é muita gente sem fazer algo realmente útil.

Sidnei Akiyoshi

11 de dez. de 2013

3. O Homem Político.

Oi!!!

3 - O Homem Político.

   Quem tem quarenta, pegou na infância o final da ditadura. Já bem mais branda, mas com aqueles resquícios de ter que cantar o hino nacional toda semana e fazer aula de Educação Moral e Cívica (EMC) e Organização Social e Política Brasileira (OSPB). Tive a sorte de ter no Colégio (sim, estudei como bolsista em colégio particular), uma professora bem questionadora que me marcou bastante, pois até fizemos uma peça, Pássaros e gaviões de Chico Alencar; que tem o poema do Mario Quintana: "Todos esses que aí estão, atravancando meu caminho, eles passarão, eu passarinho".

Quino


   Presencie as diretas já e o período de transição, encabeçado pelo Tancredo Neves, e que caiu na desgraça que foi o governo Sarney. Lembro que tirei dez no meu trabalho sobre a transição democrática, já na Escola Técnica Federal de São Paulo. Na primeira eleição para presidente não pude votar, eu fazia aniversário quatro dias depois das eleições, mas foi a primeira vez que participei ativamente na campanha, a famosa Lula-lá. Naturalmente já tinha uma tendência pela esquerda, apesar de meu pai ser um Malufista nato, defensor da ditadura militar.

   Logo depois participei en passant dos caras pintadas que culminou com o impeachment do Collor. Um tempo no exterior e na volta o amadurecimento do meu pensamento político. Eu tendo para um social democrata. E em tese o PSDB deveria ser meu partido, mas ele tendeu para uma direita neo liberal. E na época o PT, como oposição, era demasiadamente socialista.

   Veio o período de faculdade, a FFLCH-USP, assumidamente marxista. E apesar de teoricamente ser muito bom o marxismo socialista, assim como na República de Platão, ele requer homens bons. E aí eu concordo com Hobbes, que não existem homens bons, como ele diz: "O homem é o lobo do homem". E essa verdade no neo liberalismo talvez seja mais devastadora ainda.

   Finalizando, esse meu socialismo democrático, prevê uma distribuição de renda mais equilibrada, serviços básicos (educação, saúde, transporte, cultura, moradia) com qualidade e acessíveis. Como já trabalhei no serviço público consigo visualizar melhor o funcionamento e digo; a burocracia atrapalha um funcionamento mais eficiente de todos esses serviços, mas por outro lado, é ela que previne/ameniza as fraudes no âmbito público. Como consequência mais direta, ocorre o desperdício de trabalho, tempo e dinheiro; aumentando consideravelmente o custo do sistema público.

   Enfim, poderíamos até ter um sistema ditatorial bom, tanto de direita quanto de esquerda, contanto que tivéssemos governantes bons que fizessem bons governos. Mas eu prefiro a democracia e nela produzir homens mais próximos do homem e mais distantes do lobo.

Sidnei Akiyoshi.

25 de jun. de 2013

Partidos políticos: cuma?

Oi!!!

   Em sequência aos posts políticos, que naturalmente se fazem necessário, hoje venho falar de partidos políticos. Muito pela hostilização que tiveram nas últimas manifestações. Mas o que é um partido político: "União voluntária de cidadãos com afinidades ideológicas e políticas, organizada e com disciplina, visando a disputa do poder político" (NILDO, Viana). É bem claro a definição. Vale lembrar que no Brasil não pode existir o Partido Nazista, o Fascista e o Monarquista.

   Agora, por que da hostilização aos partidos políticos? Bem, isso é complicado mas tentarei colocar o pouco que eu entendo. Primeiramente o brasileiro não tem o costume de se organizar em grupos, e quando se une a burocracia acaba os afastando. Afinal para ser organizada e com disciplina é necessário ter regras que geram a burocracia. Para quem conhece o funcionamento de uma assembleia, por exemplo, sabe que mesmo com regras é possível manipular através da burocracia. É o que eu chamaria de vencer pelo cansaço. Mas o que mais contribui para a negação aos partidos políticos são as afinidades ideológicas e políticas. As siglas em geram expressão as ideologias; PCdoB (Partido Comunista do Brasil) é a grosso modo aqueles que seguem a ideologia comunista, mais estatais; PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) que, a grosso modo também, são os que defendem uma ideologia de centro, ou um meio termo entre estatal e privado. Como em geral as pessoas não entendem de ideologia política, não escolhe nenhum.





Visão do brasileiro sobre partidos políticos.

   Mas os que tem alguma noção também estão descontentes. Aí temos duas coisas: o descompasso entre o que pregam e o que fazem, ou seja, você escolhe um partido pensando que ele fará uma coisa mas quando chega ao poder faz outra, desviando de sua ideologia. Outra coisa é a particularização das ideologias dentro dos partidos, onde cada político individualmente vota de acordo com os seus interesses, mesmo que contrário aos interesses do partido. Com isso tudo fica difícil para o cidadão comum "tomar partido". Isso sem contar as manobras do "toma lá, dá cá", ou seja você vota comigo nisso que depois eu voto naquilo com você. (No filme MILK, isso dá para ver bem claro como funciona). E eu acredito que isso seja o que mais deixa os eleitores desgostosos com os políticos.


   Talvez por isso a tão falada Reforma Política se faz necessário, e onde o voto distrital talvez seja a mudança mais importante, pois significa que o candidato que vai te representar seja da sua região e não aqueles mais votados na capital, ou pior, aqueles que se elegem com o voto dos outros. Mas existem muitos outros pontos da Reforma Política que devem ser debatidos.

   Mas para finalizar eu diria que o principal fator para não participação em Partidos Políticos seja a burocracia. Afinal, quem gosta?

Sidnei Akiyoshi

20 de jun. de 2013

Como funciona o Estado?

Oi!!!

   Os R$0,20 já foram reduzidos. Mérito desse povo todo que saiu às ruas para se manifestar. Mas isso é bem pontual e qualquer governante consegue transferir verbas de alguma outra área, ou da mesma, para cobrir esse "desfalque". "E agora Jose?" Como diria nosso querido Drummond.
   Vejo outras pautas nas reivindicações como a PEC-37, fim da corrupção e até impeachment. Mas isso é muito mais complexo do que se pode se imaginar. Lembro quando fizemos uma greve de alunos na FFLCH-USP por mais professores. Foram 106 dias de greve, com muitas manifestações, até conseguirmos a contratação de 92 professores para a faculdade, na pauta eram 256. Mesmo assim foi uma vitória, pois cursos que fechariam, não fecharam.
   Mas para conseguirmos isso, além das manifestações, foram muitas reuniões, assembleias, e principalmente, comissões. Foi através delas que as conquistas surgiram. Nelas eram estudados os regimentos da FFLCH e da USP e encontrado as brechas jurídicas para obrigar o Estado a intervir e assim ser liberada a contratação.


   Bradam que nas urnas se fará a diferença. Acho isso uma falácia, pois o sistema está viciado. Independente de quem entrar, se não entrar no sistema será engolido por ele. Pois muita coisa errada em política, na verdade é feita na legalidade, utilizando as brechas que existem nas leis. Por isso digo, o próximo passo é entender o funcionamento do Estado, para daí saber onde atuar como cidadão. Isso dá trabalho? Sim é muito trabalhoso. Mas pode-se unir a outros que estavam acordados antes já fazendo isso. Mas em casa mesmo você já pode começar... aposto que nunca nem pegou a constituição brasileira na mão. Pode começar por aí, saber os direitos e deveres seus e de quem você coloca para governar.
Boa leitura.

Sidnei Akiyoshi

10 de abr. de 2013

50 coisas

Oi!!!

   Esses dias assisti a um programa de TV sobre organização da casa. Era um quartinho atulhado de coisas, principalmente sapatos. Mais da metade das coisas foram doadas ou jagadas fora.
   Isso é reflexo de nosso Neo-liberalismo implantando pela recem falecida Margaret Thatcher, onde todos devem comprar mais e mais para a economia girar. Pois quanto mais se compra, mais se produz, quanto mais se produz, mais barato fica, quanto mais barato mais se compra. Mas isso é pernicioso, pois não precisamos de tantas coisas. Com a tecnologia fica muito pior, a cada ano se faz necessário trocar tudo. Então quero que reflitam um pouco comigo:

SE PUDESSE TER APENAS 50 COISAS, O QUE VOCÊ TERIA?

Sidnei Akiyoshi


10 de mar. de 2013

Política: manual teórico.

Oi!!!

   Esse fim de semana ocorreu a manifestação de repúdio contra a nomeação do Pastor Marco Feliciano no congresso nacional. Ela teve início na internet no facebook fazendo o chamamento para a manifestação de corpo presente nas ruas. A manifestação foi feita. Não tinha tanta gente como se esperava, mas o recado foi passado. Foi?
   Então... a política é mais complicada do que isso. É claro que manifestações indicam as intenções do povo, mas estão longe de fazerem mudanças significativas no processo político. Pois fazer política cansa, é chato e nem sempre se consegue o que se desejava, pois é um jogo de trocas. Sim, para se conseguir algo é necessário ceder, e nem sempre o que está em jogo é o mais correto, o mais justo ou aquilo que você acredita. Isso é política.
   Dentro da política as comisões tem papel importante, pois são nelas que os temas pertinentes à sociedade são discutidos e os textos redigidos, para só então serem enviados para votação na câmara com seu devido parecer, ou seja já chega bem mastigado. Por isso são tão disputadas.
   Tá, e o que tudo isso tem a ver com a sociedade contemporânea? Simples, fazer política é desgastante. Ficar de fora falando que quem tá dentro não faz direito é muito cômodo, Difícil é enfrentar os dinossauros da política lá dentro, e o pior, dentro do jogo deles, que não é nada limpo. Só quando entrarmos no sistema e lá mudarmos é que a política será feita com mais honestidade, enquanto não for feito isso continuaremos gastando muita sola de sapato em manifestações infinitas.
   Mas fazer isso da muito trabalho. Verdade. A sociedade atual não quer esse tipo de trabalho. Verdade. Qual o próximo post mesmo...