6 de ago. de 2013

Espaço vácuo.

Oi!!!

   As vezes por por um bom tempo na vida fazemos determinada atividade, algo que está no cotidiano que nem percebemos mais que estamos fazendo, fazemos porque tem que fazer, fazemos no automático. Não falo das coisas básicas, como escovar os dentes ou tomar café da manhã. Falo de algo que de certa forma há uma interação com outra pessoa, pois a interação pode ser apenas sua, ou apenas visual, ou uma quase não interação, mas está ali constantemente na sua vida. Como uma casa antiga que está no seu percurso diário ou um senhor que sempre está sentado no mesmo banco de uma praça.
   Um dia, do nada, essa interação acaba.



   Sabe aquela sensação de vazio. Um vazio estranho, pois aquilo que estava tão arraigado em sua vida foi-se. E sempre que isso acontece vêm aqueles pensamentos se estamos dando valor aquilo que realmente importa na vida. Pois tudo é tão fugaz que quando se vê, acabou. Nossa contemporaneidade é repleta disso, como numa viagem de trem, onde aquilo que está longe passa devagar, mas aquilo que está bem próximo, quase nem vemos.
   Em geral, temos um período de luto por aquilo que deixou de existir, mas depois passa e procuramos ocupar aquele vazio com outra coisa. Pois o vazio, nessa nossa estranha contemporaneidade, incomoda.

Sidnei Akiyoshi

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